Patrono da Marinha do Brasil é homenageado em Portugal
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O Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré, é o Patrono da Marinha. Toda sua vida foi dedicada a ela, em um período crítico da História do País. Desde muito jovem, participou ativamente da formação do Brasil, destacando-se por seus feitos notáveis. Foi parte importante de uma geração de marinheiros, guerreiros e estadistas a quem devemos nossa maior herança: um grande País, rico em recursos naturais, pátria de uma nação unida por uma cultura e um idioma.
As qualidades de Tamandaré, comprovadas por suas ações bem-sucedidas, são exemplos, não somente para os bons marinheiros, mas para os brasileiros de todos os tempos; relembrá-las é um exercício de patriotismo e inspiração.
Após a Independência do Brasil, proclamada em 7 de setembro de 1822, foi preciso expulsar as tropas lusitanas fiéis às Cortes de Lisboa. Cedo se percebeu a necessidade de criar uma Esquadra brasileira, com homens leais, para projetar poder e obter a adesão da Bahia, do Maranhão, do Pará e da Cisplatina (atual Uruguai).
A Guerra da Independência possibilitou a integração nacional, e nela essa Esquadra desempenhou um papel relevante. Em 1825, o Brasil entrou em guerra com as Províncias Unidas do Rio da Prata, atual Argentina, que pretendia anexar a Província Cisplatina, até então parte do território brasileiro, que se revoltara. O conflito terminou em 1828 e teve como desfecho uma arbitragem externa, que deu a independência à Cisplatina, com o nome de Republica Oriental do Uruguai.
A repressão às inúmeras revoltas, que poderiam ter afetado a integridade do território brasileiro, contou com a participação importante do Poder Naval, que foi um elemento fundamental para a manutenção da unidade territorial do Brasil, quando os laços da nacionalidade ainda eram frágeis, e também para a consecução da política imperial além das fronteiras.
Com o avançar do século XIX, a propulsão a vapor foi tomando tal impulso que acabou por impor-se aos mais conservadores chefes navais, temerosos de que a precariedade do abastecimento de carvão limitasse os movimentos de esquadras.
As ilustrações do Marinheiro (QPA) Pedro Lucas Gonçalves Bonfim, inspiradas nos traços marcantes e vibrantes do Comandante Carlos Garrido (In Memoriam), buscaram retratar os navios da carreira do Almirante Tamandaré, que estarão disponíveis na 4ª Edição da magnífica biografia escrita pelo Almirante Dídio Costa, denominada “Tamandaré, um herói brasileiro.”
Clique na imagem e veja todas as ilustrações.
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Navio de propulsão mista, construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, sob plano do Engenheiro Naval João Cândido Brasil. Foi incorporado à Armada em 1891, com baixa do serviço em 1915. Foi o maior navio de guerra até hoje construído no Brasil, com deslocamento de 4.500 toneladas.
Construído nos Estados Unidos da América em 1938, participou da Segunda Guerra Mundial, incorporado à Marinha desse país com o nome de Saint Louis. Transferido para a Marinha do Brasil com base na Lei de Assistência Mútua (norte-americana), foi incorporado à Armada em 1951, e teve baixa do serviço ativo em 1976.
Fragata Niterói - 1823 - 1824
Academia Imperial da Marinha - 1824
Nau Pedro I - 1824 - 1825
Fragata D. Paula - 1825 – 1826
Barca Leal Paulistana - 1826
Fragata Niterói - 1826
Escuna Constança (Comandante) - 1826
Corveta Maceió - 1827
Fragata Príncipe Imperial - 1827 – 1828
Escuna Bela Maria (Comandante) - 1828
Escuna Rio da Prata (Comandante) 1828/1833
Fragata Baiana - 1833
Brigue Cacique (Comandante) - 1834
Escuna Rio da Prata (Comandante) - 1835
Corveta Príncipe Imperial - 1835
Brigue Cacique (Comandante) - 1835 - 1837
Quartel-General da Marinha - 1837 - 1838
Corveta Regeneração - 1838
Galera 16 de Março (Comandante) - 1838
Canhoneira nº 13 (Comandante) - 1838
Brigue-Barca 29 de Agosto (Comandante) - 1839
Brigue 3 de Maio (Comandante) - 1839
Barca a vapor S. Sebastião - 1840 - 1841
Corveta 2 de Julho (Comandante) - 1841 - 1842
Patacho Patagônia (Comandante) - 1842
Fragata Constituição - 1842 - 1843
Corveta Bertioga (Comandante) - 1843 - 1844
Corveta 2 de Julho (Comandante) - 1844
Divisão do Centro, na Bahia (Comandante) - 1844 - 1846
Membro da Comissão encarregada do exame do Armamento da Marinha - 1847
Fragata D. Afonso (Comandante) 1847 – 1849
Fragata Constituição (Comandante) - 1850
Divisão Naval do Rio da Prata (Comandante) 1850
Capitão dos Portos da Corte e da Província do Rio de Janeiro - 1852 - 1854
Arsenal de Marinha da Corte (Inspetor) - 1854
Por ocasião de sua estada na Europa foi designado para varias funções, entre elas a de encomendar dez canhoneiras, na França e Inglaterra - 1857 – 1859
Quartel-General da Marinha - 1859
Comandante da Divisão designada para acompanhar o Imperador na sua visita às Províncias do Nordeste - 1859 - 1860
Conselheiro de Guerra - 1860
Quartel-General da Marinha (Encarregado) - 1860-1861
Ajudante-de-Campo do Imperador - 1862
Comandante-em-Chefe das Forças Navais Brasileiras em operações no Rio da Prata - 1864 - 1866
Presidente da comissão encarregada de assistir as experiências da Corveta Trajano - 1867
"A classe a que pertencemos só pode brilhar pelo conjunto de qualidades que nobilitam o homem a desempenhar o sacrifício de depositário da honra e glória da Nação."
"Olhe, a vida não vale nada. Honre sua Pátria, defenda-a em qualquer terreno, em qualquer ocasião e sem vacilação. Honre a farda e mantenha seu nome no grau mais elevado. Obedeça às leis e aos regulamentos, respeite seus superiores e não maltrate os subalternos. Se for injusto, seja por ter perdoado, e nunca por ter castigado."
“Honra é a força que nos impele a prestigiar nossa personalidade. É o sentimento avançado do nosso patrimônio moral, um misto de brio e de valor. Ela exige a posse da perfeita compreensão do que é justo, nobre e respeitável, para elevação da nossa dignidade; a bravura para desafrontar perigos de toda ordem, na defesa da verdade, do direito e da justiça.”