OPERANTAR
Operar no Continente Antártico é uma capacidade que poucas Forças Aéreas no mundo possuem. Complementando o esforço brasileiro na Antártica, a Força Aérea Brasileira, por meio do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT), também conhecido como Esquadrão Gordo, realiza dez Voos de Apoio OPERANTAR, possibilitando a troca de pesquisadores e militares, e realizando apoio logístico à Estação Comandante Ferraz.
Antes de chegar à Antártica, o voo, que tem início na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, passa por Pelotas-RS, onde é complementada a logística da operação. Em seguida, decola para Punta Arenas-na Patagônia chilena. O próximo pouso só ocorre após uma viagem de três horas, até a Base Aérea Presidente Eduardo Frei Montalva, mantida pela Força Aérea Chilena. De lá até a Estação brasileira são necessárias mais três horas navegando, ou meia-hora de helicóptero.
Com o retorno dos Navios da Marinha para o Brasil e a chegada do inverno antártico (março a outubro). A FAB passa a ser a única forma de abastecimento da EACF. Entenda um pouco da dinâmica desses voos, e como atuam os militares da Marinha e da FAB que coordenam essas missões no Continente Gelado, nas seguintes ações:
Paletização de cargas para lançamento aéreo - Durante os voos de inverno, a equipe do C-130 fica responsável por acondicionar em paletes todo o material que será lançado por paraquedas nas proximidades da EACF. Os fardos de carga chegam a pesar 200 kg.
O lançamento da carga - presos por cintos de segurança, os loadmasters ficam a poucos metros da rampa aberta do Hércules. Poucos segundos são essenciais para que a carga desça intacta e no local assinalado pelo Grupo-Base (16 militares da Marinha do Brasil, responsáveis pela manutenção das instalações brasileiras na Antártica).
Tipos de Carga - Gêneros frescos como: frutas, verduras, ovos e, também, materiais para os atendimentos de urgências como: sobressalentes para os diversos sistemas e medicamentos são alguns dos itens enviados. E durante a pandemia, como preparação para a OPERANTAR XL, vacinas contra a covid-19 foram enviadas para imunização dos militares do Grupo-Base Polaris.