Page 131 - Livro - A Construção Naval Militar no Brasil
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Capítulo 3 – Potencialidades do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro – Construções durante conflitos
Guerra da Tríplice Aliança
Na Guerra da Típlice Aliança, o papel do Arsenal de Marinha Na passagem de Humaitá (operação naval durante a
foi fundamental, na tarefa de modernizar e construir guerra, em que uma Força de seis monitores encouraçados
navios mais adequados ao teatro de operações, totalmente brasileiros forçou a passagem sob fogo da artilharia
diferentes dos navios a vela, a exemplo dos navios monitores, paraguaia da Fortaleza de Humaitá), somente um dos navios,
dotados de costados completamente recobertos com chapas dentre os que foram construídos no Arsenal de Marinha do
de ferro, artilharia montada em torres giratórias e movidos Rio de Janeiro, foi perdido.
tão somente por máquinas a vapor.
Ao longo da Guerra, foram incorporados um total de
Os monitores foram a mais avançada contribuição dos 17 navios encouraçados, sendo seis classificados como
operários, artífices e mestres construtores brasileiros para monitores: Encouraçados “Brasil”, “Tamandaré”, “Barroso”,
o esforço de guerra que o País empreendia a milhares de “Rio de Janeiro”, “Silvado”, “Bahia”, “Lima Barros”, “Herval”,
quilômetros a sudoeste do Rio de Janeiro, nos chacos e rios “Mariz e Barros”, “Colombo” e “Cabral”. E Monitores “Pará”,
do Paraguai. “Rio Grande”, “Alagoas”, “Piauí”, “Ceará” e “Santa Catarina”.
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