Page 183 - Livro - A Construção Naval Militar no Brasil

Capítulo 6 – Perspectivas para a Construção Naval Brasileira – Estratégia para o Futuro
No que tange à componente de superfície, a END preconiza
que a Força Naval deve dispor tanto de navios de grande
porte, capazes de operar e de permanecer por longo tempo
em alto-mar, quanto de navios de menor porte, dedicados
a patrulhar o litoral e os principais rios brasileiros. Deverá
contar também com navios de apoio logístico móvel,
necessários ao provimento da mobilidade da força naval
em áreas de interesse. Dentre os navios de grande porte,
deverá ser dispensada especial atenção à obtenção de navios
de propósitos múltiplos e também de navios aeródromos.
Além da sempre presente necessidade de se dispor de
uma Marinha com capacidade de dissuasão ante a forças
183
navais hostis, o que demanda meios navais mais caros e
sofisticados, a intensificação das ocorrências de atos ilícitos
no mar, na forma de pirataria, tráfico de pessoas e de drogas,
contrabando, pesca ilegal, crimes ambientais e outros,
também vislumbrada pela END, requer o incremento da
presença estatal nos mares e nas vias navegáveis, de maneira
que a promoção da segurança marítima tão necessária
à soberania do Brasil e ao adequado aproveitamento
do potencial de sua economia azul passa a demandar a
incorporação de mais navios-patrulha, tanto para operar em
áreas litorâneas e águas interiores, quanto para a vigilância
de áreas oceânicas nos limites das águas jurisdicionais e da
plataforma continental brasileira, em alto-mar.