Page 22 - Livro - A Construção Naval Militar no Brasil
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A Construção Militar Naval no Brasil: Passado de Glórias. Futuro de Vitórias
Em 1808, com a chegada do Príncipe Regente D. João e da foram construídos nesse período áureo, como bombardeiros,
Rainha D. Maria I ao Brasil, o Rio de Janeiro tornou-se a cruzadores, corvetas, rebocadores e canhoneiras.
capital do Reino de Portugal, o que lhe trouxe um relevante Outros arsenais e estaleiros foram criados no Brasil, durante
progresso. Apesar do poderio da Marinha Portuguesa estar os seus períodos como colônia e império, destacando-se
em declínio, a capacidade do Arsenal foi ampliada para os instalados no Pará (foto), Bahia, Mato Grosso, Alagoas,
apoiar a Esquadra, sediada no Rio de Janeiro. Foi nesse Santos, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Maranhão.
período que o Arsenal passou a ser chamado de Arsenal
Real da Marinha ou Arsenal da Corte. O Arsenal da Corte passou a se chamar Arsenal de Marinha
do Rio de Janeiro (AMRJ), enfrentando de início, porém, um
No período entre 1865 e 1890, o Arsenal da Corte viveu seu período de redução de suas atividades. A partir de 1920,
apogeu, quando alcançou nível de desenvolvimento similar começou a se expandir mais vigorosamente para a Ilha das
aos maiores estaleiros do mundo àquela época.
Cobras. Em 1938, passaram a coexistir dois arsenais: AMRJ e
Duas novas carreiras de construção foram erguidas na ilha das Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras. Por fim, a partir de 1948,
Cobras, em 1865, onde foram construídos navios encouraçados apenas as instalações industriais insulares permaneceram em
e monitores, que acabaram por se destacar na campanha funcionamento, sob a denominação de Arsenal de Marinha
brasileira na Guerra do Paraguai. Outros tantos navios também do Rio de Janeiro, que perdura até os dias atuais.
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