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Nomar - abril 2018 - nº 912
                        Marinha e World Nuclear University ampliam


                   debate sobre cenário da indústria nuclear mundial




               A Marinha do Brasil, representada pela Diretoria-   O curso incluiu visitas técnicas à Eletronuclear, em
            Geral  de  Desenvolvimento  Nuclear  e  Tecnológico   Angra dos Reis; às Indústrias Nucleares do Brasil, em
            da  Marinha,  e  a  World  Nuclear  University  (WNU),   Resende; e ao Complexo Naval de Itaguaí.
            em parceria com a Associação Brasileira para
            Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan),
            promoveram o WNU Short Course entre os dias 19 e
            23 de março, na Escola de Guerra Naval (EGN), no Rio
            de Janeiro (RJ). O tema foi The World Nuclear Industry
            Today.
               Durante o evento, a diretora da WNU, Patrícia Wieland,
            ressaltou que a importância do desenvolvimento de
            tecnologias nucleares não se restringe à produção de
            energia limpa, mas também se destina, por exemplo,
            a atender à produção de radiofármacos para medicina
            e  a  prover  energia  elétrica  durante  crises  hídricas,
            quando as usinas hidroelétricas  deixam de produzir
            energia  suficiente.  Segundo  ela,  a  produção  de
            tecnologias nucleares é imprescindível para o aumento
            da qualidade de vida da população.
               O  presidente  da  Abdan,  engenheiro  Celso  Cunha,
            enfatizou  que  o  tema  deve  ser  assumido  como
            “compromisso  de  Estado”,  dada  a  relevância  e  a
            necessidade  de  planejamento  e  acompanhamento  a   Participantes do WNU Short Course em visita técnica às
            longo prazo.                                        instalações do Complexo Naval de Itaguaí (RJ)

                   Delegação brasileira se reúne na ONU para definição da

              Plataforma Continental na Margem Equatorial e na Região Sul




               A  Delegação  brasileira,  chefiada  pelo  Embaixador   das 200 milhas náuticas, com base na Convenção das
            Mauro  Vieira,  representante  permanente do  Brasil   Nações Unidas sobre o Direito do Mar, constituirá um
            perante à Organização das Nações Unidas (ONU),      legado para as próximas gerações de brasileiros, que
            apresentou a Submissão Brasileira Revista da Margem   virão aumentadas as possibilidades de descoberta de
            Equatorial, em 8 de março, na 46ª sessão da Comissão   novas reservas de petróleo e gás, de exploração de
            de Limites da Plataforma Continental (CLPC), na sede   recursos minerais em grandes profundidades e de
            da ONU, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A       recursos da biodiversidade marinha, reconhecidamente
            proposta técnica visa a definir a extensão da Plataforma   um dos campos mais promissores do desenvolvimento
            Continental além das 200 milhas náuticas nessa região.   da biogenética.
               O intuito é determinar o limite exterior da área
            marítima na qual o Brasil exercerá direitos de soberania
            para  a  exploração  e  o  aproveitamento  dos  recursos
            naturais do leito e subsolo marinhos. Uma subcomissão
            será designada para iniciar o processo de análise do
            pleito brasileiro.
                 Entre  os  dias  12  e  16  de  março,  o  Brasil  reuniu-
            se, ainda, na Division of Aspects of the Law of the Sea
            (Doalos/ONU), com os sete peritos da subcomissão da
            CLPC que analisam a Proposta Parcial Revista da Região
            Sul.
               A   delegação   brasileira  foi  composta  por
            representantes diplomáticos e militares lotados na
            Missão  Permanente  do  Brasil  perante  à  ONU  e  na
            Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN).
               A DHN é o braço executivo do Plano de Levantamento
            da Plataforma Continental Brasileira, programa do
            governo federal instituído pelo Decreto nº 98.145, de 15
            de setembro de 1989, sob a coordenação da Comissão
            Interministerial para os Recursos do Mar, com o
            propósito de estabelecer o limite exterior da Plataforma
            Continental Brasileira no seu enfoque jurídico.
               O exercício de soberania em área marítima além   Delegação brasileira na sede da ONU, em Nova Iorque (EUA)

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