Conde da Cunha – O Pioneiro
Dom Antônio Álvares da Cunha, 1º Conde da Cunha, foi o 9º Vice-Rei do Brasil Colônia e recebeu a incumbência de aumentar a capacidade defensiva das possessões portuguesas na América do Sul, na condição de administrador, sediado na cidade do Rio de Janeiro.
Antes de sua vinda para o Brasil, exerceu cargos importantes, como a de Capitão General de Mazagão, antiga possessão portuguesa no norte da África, e a de Governador de Angola, hoje país independente, mas que foi colônia lusitana até a segunda metade do século XX. Em reconhecimento aos seus relevantes serviços, o título de conde foi-lhe concedido por D. José I, rei de Portugal, em 1760.
Sua nomeação como Vice-Rei data da resolução de 27 de junho de 1763, pela coroa portuguesa, dando corpo à política externa do período da história portuguesa conhecido como Pombalino. Foi orientado pelo Primeiro-Ministro português D. Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, quanto às providências que deveriam ser tomadas para melhorar as condições da colônia de resistir e repelir qualquer tentativa de invasão.
Ao chegar ao Rio de Janeiro, já no cargo, em 1763, promoveu a revitalização de fortalezas e investiu na fortificação da cidade. Dentre as inúmeras ações que tomou, determinou a instalação dos arsenais da Marinha e do Exército.
Em 1767, quando foi substituído, regressou a Portugal, sendo nomeado conselheiro da guerra e presidente do Conselho Ultramarino.