Vice-Almirante Júlio Cezar de Noronha

Vice-Almirante Júlio Cezar de Noronha

Foi Inspetor do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro no período de 2 de dezembro de 1910 a 6 de julho de 1911. Em 1862, aos 17 anos, o Almirante Júlio de Noronha recebeu o galão de Guarda-Marinha. Logo como 2º Tenente teve o seu batismo de fogo, tomando parte nas Campanhas do Uruguai e Paraguai. Distinguiu-se, sempre, pela sua excepcional conduta em combate, tendo sido ferido de 6 de dezembro de 1864.

Em 1873, como Capitão-Tenente, publicou, no Rio de Janeiro, o Compêndio de Hidrografia. A viagem de circum-navegação que empreendeu, no comando da Corveta Vital de Oliveira, com a turma de Guardas-Marinha de 1879, tornou-se modelo de instrução.

Entre as numerosas missões desempenhadas em terra pelo Almirante Júlio de Noronha, destacam-se a de Vice-Diretor do Colégio Naval e a sua atuação como Inspetor do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.

Durante a carreira, estabeleceu o famoso Programa Naval de 1904, que consistia na aquisição de três Encouraçados de 12.500 a 13.000 toneladas de deslocamento; três Cruzadores-Encouraçados de 9.200 a 9.700 toneladas; seis Caça-Torpedeiros de 400 toneladas; seis Torpedeiras de 150 toneladas; seis Torpedeiras de 50 toneladas; três Submarinos; e um Vapor-Carvoeiro, capaz de carregar 6.000 toneladas de combustível.

Após prolongada enfermidade, veio a falecer, no Rio de Janeiro, em 11 de setembro de 1923. Em sua homenagem, a Marinha batizou a Corveta “Júlio de Noronha” com o seu nome.