Page 140 - Livro - A Construção Naval Militar no Brasil
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A Construção Militar Naval no Brasil: Passado de Glórias. Futuro de Vitórias
Vice-Almirante Júlio
César de Noronha
Foi Inspetor do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro no
período de 2 de dezembro de 1910 a 6 de julho de 1911. Em
1862, aos 17 anos, o Almirante Júlio de Noronha recebeu o
galão de Guarda-Marinha. Logo como 2º Tenente, teve o seu
batismo de fogo, tomando parte nas Campanhas do Uruguai
e Paraguai. Distinguiu-se, sempre, pela sua excepcional
conduta em combate, tendo sido ferido em 6 de dezembro
de 1864.
Em 1873, como Capitão-Tenente, publicou, no Rio de Janeiro,
o Compêndio de Hidrografia. A viagem de circum-navegação
que empreendeu, no comando da Corveta Vital de Oliveira,
com a turma de Guardas-Marinha de 1879, tornou-se modelo
de instrução.
Entre as numerosas missões desempenhadas em terra pelo
Almirante Júlio de Noronha, destacam-se a de Vice-Diretor
do Colégio Naval e a sua atuação como Inspetor do Arsenal
de Marinha do Rio de Janeiro.
Durante a carreira, estabeleceu o famoso Programa Naval
de 1904, que consistia na aquisição de três Encouraçados
de 12.500 a 13.000 toneladas de deslocamento; três
Cruzadores-Encouraçados de 9.200 a 9.700 toneladas;
seis Caça-Torpedeiros de 400 toneladas; seis Torpedeiras
de 150 toneladas; seis Torpedeiras de 50 toneladas; três
Submarinos; e um Vapor-Carvoeiro, capaz de carregar 6.000
toneladas de combustível. Após prolongada enfermidade,
veio a falecer, no Rio de Janeiro, em 11 de setembro de 1923.
Em sua homenagem, a Marinha batizou a Corveta “Júlio de
Noronha” com o seu nome.
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