Page 56 - Relatório de Gestão Comando da Marinha - 2023
P. 56
Levantamento da Plataforma Continental (LEPLAC)
Realizada no período de 6 de fevereiro a 20 de abril de 2023, o Navio Hidroceanográfico
Cruzeiro do Sul realizou a Comissão “LEPLAC – Margem Equatorial/Expedição II (E)”, em apoio
às atividades do Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC), a fim de
contribuir para a Submissão Parcial Revista para a Margem Equatorial, em análise pela Comissão
de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da Organização das Nações Unidas.
O Navio coletou dados de batimetria (por meio do Ecobatímetro Multifeixe) e de sísmica rasa
(utilizando o Subbottom Profiler - SBP), a fim de contribuir para reforçar a identificação da Base do
Talude e determinação do Pé do Talude na Margem Equatorial, em especial nas regiões do Mega
Deslizamento Pará – Maranhão e na Cadeia Norte – Brasileira.
A Comissão também teve como propósito contribuir para apoio a projetos de pesquisas na
Amazônia Azul e para a produção de informações ambientais (oceanográficas e meteorológicas),
voltadas aos setores operativos e de segurança da navegação, além de realizar atividades de
hidrografia. Adicionalmente, a operação contribuiu para a capacitação de instituições brasileiras
nas pesquisas relacionadas ao mar, para realizar estudos do substrato marinho da Plataforma
Continental Jurídica Brasileira (PCJB) e de regiões oceânicas adjacentes, por meio da utilização de
sistemas de batimetria multifeixe de grande profundidade e de sistemas móveis de sonografia e
sísmica.
O Navio Hidroceanográfico Cruzeiro do Sul realizou a sondagem de 2.532 milhas náuticas
(4.689,26 km). Durante a comissão, houve o embarque de universitários e membros da comunidade
científica, que se alternaram ao longo dos trechos.
A definição do limite exterior da plataforma continental tem potencial de retorno econômico
para o país, sendo um legado para o futuro. As possibilidades de descoberta de novos recursos em
grandes profundidades e de exploração da biodiversidade marinha são reconhecidas pela ciência
atual como um dos campos mais promissores.
56